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sábado, 13 de abril de 2013

Comentário ao texto " A Web 2.0 e a BE 2.0"


O texto que temos para comentar na 1ª sessão introduz-nos no conceito de Web 2.0 e estabelece um paralelo entre esta e a web 1.0.
Até há pouco tempo, a Internet era utilizada como um espaço para criar conteúdos, pesquisar informação, implementar experiências educativas, profissionais, etc. Pouco a pouco surgiram ferramentas como as WebQuests, os fóruns, os chats…, que introduziram possibilidades de interação. A estas ferramentas acrescentaram-se outras como os blogues, as Wikis (Wikionários Wikipédias, Wikilivros…), as redes sociais e profissionais, os marcadores sociais (ex. delicious social bookmarking, Conotea)…, que se revelam importantes a nível educativo, profissional e pessoal porque oferecem possibilidades de escrita, comunicação e participação. E neste sentido, não posso deixar de concordar com a ideia veiculada no texto, que considera que nós somos o sujeito da revolução tecnológica porque o ser humano criou estas ferramentas e apropriou-se delas.
Às páginas estáticas da Web 1.0 em que o autor das mesmas era a principal fonte de informação e o utilizador era um simples “consumidor”, contrapõe-se agora um novo modelo ou paradigma social e de aprendizagem proporcionado pela Web 2.0, na medida em que é permitido ao utilizador converter-se num criador e editor de conteúdos, isto é, num utilizador ativo porque pode acrescentar, alterar, limpar, associar dados à informação existente. O utilizador tem também a possibilidade de se tornar interveniente e autónomo na procura e construção do seu próprio conhecimento. Esta nova realidade levanta, naturalmente, problemas ao nível da quantidade de informação que cresceu exponencialmente (estaremos a ficar infoxicados?) e da credibilidade, assunto que poderíamos discutir ao longo da formação.
Na sociedade da informação e do conhecimento em que vivemos, sou da opinião que a BE do século XXI tem de acompanhar esta mudança de paradigma, inerente a estas novas ferramentas. Por isso os planos de ação devem contemplar atividades que promovam a sua utilização. Contudo, não basta ensinar os alunos a usá-las, porque muitos até já nasceram na era digital e naturalmente apropriam-se delas com grande facilidade (muitas vezes, mais facilmente que nós!). O mais difícil é ensinar competências aos alunos que lhes permitam descodificar a informação, usar a informação e produzir informação rigorosa e de qualidade. Por isso, o trabalho colaborativo desenvolvido pela BE com os professores deve ser, em algumas escolas e BEs, tanto ou mais importante, para combater a iliteracia e promover a alfabetização, tal como é definida no National Literacy Act de 1991:
 "alfabetización" significa la capacidad del individuo para leer, escribir y hablar inglés, y para calcular y resolver problemas en niveles de competencia necesarios para funcionar en el trabajo y en la sociedad, para alcanzar las metas personales, y para desarrollar el conocimiento y potencial propios”.
 (Apud. annales de documentación, nº 5, 2002, p.365)

Ou a definida por Campbell:
 “Alfabetización conlleva la integración de comprensión oral, expresión oral, lectura, escritura, y pensamiento crítico; incorpora la numeración. Incluye un conocimiento cultural que permite ai hablante, escritor o lector reconocer y usar el lenguaje apropiado para diferentes situaciones sociales. Para una sociedad tecnológicamente avanzada... el objetivo es una alfabetización activa que permita a la gente utilizar el lenguaje para aumentar su capacidad de pensar, crear e interrogar, de manera que verdaderamente participen en la sociedad”. (B. Campbell (1990). What is literacy? Apud. annales de documentación, nº 5, 2002, p. 365)

 A alfabetização digital/informática/em redes (?) não deve sobrepor-se a qualquer outro tipo de alfabetização mais básica. Por isso, nas BE as atividades que promovam o uso da Web 2:0 e as que promovam a literacia têm de caminhar a par. 

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